Ementa:
Diferentemente dos três domínios formados no período clássico do cinema – ficcional, experimental e documentário – o ensaístico vem se consolidar como um quarto domínio apenas numa configuração cultural pós-moderna. Nos períodos anteriores ele começa a se inscrever quando a relação cinema-pensamento ganha corpo, mas ainda na qualidade de um “proto-ensaio”, ou seja, quando os três domínios anteriores vão ganhando “inflexões ensaísticas”, sobretudo, o documentário e o experimental. Uma mudança significativa se operou depois do moderno, já numa episteme marcada pelas revoluções videográfica e digital, com uma inscrição enfática do pensamento do ensaísta nos filme-ensaios, com um grande relevo de sua visão subjetiva, de seus movimentos e processos de pensamento que estabelecem interfaces com o mundo e, assim, que o lançam para além de si.
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